sábado, 31 de janeiro de 2015

Taxas...

Quando me deparei com uma pequena sondagem, relativa à taxação de alimentos ricos em açúcar sugerida pelo conhecido chef Jamie Oliver, o descontentamento que senti foi indescritível. Não pela extraordinária coragem e determinação de Jamie Oliver (e de tantos outros que não conhecidos pelo público) em enfrentar os preconceitos de uma população descrente, apoiados e incentivados pela indústria alimentar, mas sim pelas respostas dos portugueses a essa sondagem. Para meu enorme espanto, no momento em que respondi, 60% dos participantes não só não concordavam com este tipo de medidas como ainda as consideravam irrelevantes e desnecessárias. Que estas estratégias não agradem a indústria eu não me espanto, uma vez que essa só pensa em lucros e poucas são aquelas que se preocupam verdadeiramente com a saúde da população. Mas que sociedade não se preocupe com a própria saúde isso sim espanta-me e, mais do que isso, preocupa-me severamente. Tal como aconteceu com a lei do tabaco, inicialmente a medida foi muito contestada e discutida, mas os reais efeitos da sua implementação estão à vista e  perfeitamente documentados. O tabagismo diminui significativamente. Eu poderia dissertar aqui umas quantas vantagens inerentes à implementação destas medidas mas não o farei. Em primeiro lugar porque já o fiz (ainda que muito resumido e só com algumas ideias) numa publicação anterior. E em segundo lugar porque neste momento todos os que estão a ler estarão a pensar "esse não é o meu caso, eu nem costumo comprar esses produtos, logo essa lei não me afetará assim tanto". Errado. Este tipo de legislações afeta-nos muito mais do que realmente pensamos, daí que o nosso inconsciente já nos coloque de sobreaviso. Vejamos: estes dias a Cocacola de 2L estará a ser vendida a 0,80€, enquanto que um garrafão de água mais barato custa 0,50€... Eu também gosto de fazer um agrado de vez em quando à minha família...

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